
Pedaladas para tirar o excesso de peso do selim
Leonardo Sales
lsazevedo@redegazeta.com.br
Atleta disciplinado, com alimentação balanceada, carga de treino pesada e disposto a ganhar o mundo sobre duas rodas. Esse era Leonardo Albernaz Ferreira, uma das revelações do ciclismo do Espírito Santo nos anos 90.
Cinco anos depois de sagrar-se campeão estadual juvenil aos 15 anos, porém, ele largou o esporte, surpreendentemente engordou 46 quilos e teve problemas de saúde.
Foi aí que acendeu o sinal amarelo. Em 2006, Leonardo retomou a rotina de atleta para se tornar um verdadeiro campeão. O excesso de peso no selim serviu de motivação para que Léo, hoje com 28 anos, voltasse a ser um ciclista de ponta, apesar da falta de competições no Estado.
E a fera já colheu bons frutos. Mês passado, ficou em segundo lugar no Interestadual de Pista, realizado no Velódromo do Rio de Janeiro, ao cravar o tempo de 1min15s, a oito segundos do campeão Davi Romeo, integrante da seleção brasileira.
“Foi um ótimo resultado, porque, além das dificuldades para treinar no velódromo, já que preciso ir ao Rio, e da ausência de patrocínio, minha bicicleta, desmontada, pesa mais do que a do Davi”, desabafou.
Mas garra sempre foi a marca de Léo, que, em 2000, havia deixado o pedal de lado para se dedicar ao curso de Administração.
A queda no ciclismo foi inevitável, o sedentarismo reinou soberano e com ele seus males, como a hipertensão devido ao peso extra. Após uma visita ao médico, cinco anos depois de abandonar o pedal, Léo fez as pazes com a bike.
De quilômetro em quilômetro, Leonardo foi trilhando o caminho da boa forma. Ele estava com 115 quilos e, em poucos meses, chegou aos 95, quando voltou a competir para valer na categoria estreante.
Hoje só está a 5 quilos do peso ideal. Agora sonha em terminar o ano entre os cinco melhores do Brasileiro e chegar à seleção em 2009.
O outro lado
“Federação pode sair da uti e se fortalecer”
Sérgio Amaury
Ex-vice-presidente da Federação Espírito-Santense de Ciclismo (Fesc)
Uma luz no fim do túnel. O ex-vice-presidente da Federação Espírito-Santense de Ciclismo (Fesc), Sérgio Amaury, anuncia que, após ficar cerca de quatro anos engessada por causa de dívidas com a Receita Federal, a entidade poderá voltar à ativa ainda este mês. “Já há uma chapa candidata a assumir a gestão da federação. A partir daí, a nova diretoria dará andamento à negociação da dívida e também apresentar um calendário esportivo para que as competições sejam retomadas. A Fesc está na UTI, mas pode voltar a ser forte como antigamente”.
Falta de disputas atrapalha a vida do ciclista
“O futuro do ciclismo capixaba é uma incógnita”. Foram com essas palavras que Leonardo Albernaz analisou a incômoda situação do esporte local. O atleta reclama da falta de competições no Estado, devido à paralisação das atividades da Federação Espírito-Santense de Ciclismo (Fesc). “Já são cerca de quatro anos que a Fesc não promove eventos por causa das dívidas. Como não há disputas, dificilmente surgirão novos talentos”, lamentou. Ele diz ainda estar sendo prejudicado com essa ausência da federação. “Esse vice conquistado no Interestadual de Pista, no Rio, me colocaria em segundo lugar no ranking nacional. E eu poderia receber apoio da Lei Jayme Navarro de Carvalho”.
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fonte: http://gazetaonline.globo.com/jornalagazeta/

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